A empresa de aviões BOING divulgou ontem um prejuízo líquido de US$ 56 milhões e em função disso demitirá cerca de 10 mil empregados.
Duas coisas chamam a minha atenção.
- Primeiro, que em 2007 a mesma empresa anunciou um lucro de US$ 1 trilhão.
- Segundo, isso representa 5,6% do lucro do ano anterior.
Minha pergunta é, se a BOING demite 10 mil ao ter um prejuízo de US$ 56 milhões, ela mantém essa proporção ao contratar quando obtém lucro?
Será que, com o lucro de 2007, não poderiam ser mantidos os empregos e a BOING tem uma administração tão ruim que não sabe poupar na boa época para reduzir o impacto das "vacas magras"?
Essa crítica não é para a BOING em especial, mas sim, para todas as empresas que dizem estar em crise e que a crise econômica as afetou.
O que acontece de verdade é que um estelionatário aplicou o velho golpe da pirâmide em fanfarrões de Wall Street.
Agora, a principal reivindicação vem aqui, por isso, ela estará em negrito:
Quando uma empresa demite um funcionário, em época de alegada crise mundial, sabendo que a recolocação deste profissional será bastante difícil, ela espera que o funcionário sobreviva como? Como? Com a reserva que ele construiu na época de favorecimento da economia, assim, que o funcionário "queime a gordura" que ele criou na época favorável.
A empresa jamais poderia fazer isso e, se quisesse absorver o prejuízo para não demitir, somente o faria se, na vedade, o governo comprasse este prejuízo através de uma série de incentivos ou até mesmo da injeção direta de valores nestas empresas.
É difícil apoiar um sistema capitalista onde a empresa só lucra e os prejuizos recaem nas costas do governo e, principalmente, do pobre trabalhador.
À luta, barrete vermelho!!!