Quem somos?
O ministério Talmid surgiu no coração dos seus fundadores e idealizadores ao buscarem uma formação teológica firme, centrada na Palavra de Deus.
Nosso escopo teológico/escatológico é amplo, percebendo e buscando a compreensão das diversas correntes teológicas velho e neotestamentárias.
Tentamos incentivar as mais amplas correntes de estudo e interpretação das Sagradas Escrituras porque acreditamos que o estudo cria intimidade com a viva Palavra de Deus.
Possuímos firmes posições do que o Espírito Santo nos demonstrou sobre como entender certos textos e paradigmas, entretanto, consideramos tal entendimento como sendo o que cremos e vivemos, razão pela qual respeitamos as demais posições.
Nesse intuito, o Ministério Talmid surge com a proposta de ser uma referência no suporte do estudo teológico.
Buscamos meios para o incentivo do ensino cristão em todas as esferas da educação (pré-escolar, básica, média e superior), bem como a formação intelectual e cognitiva dentro das igrejas locais.
Por que Talmid?
O nome do Ministério Talmid surge como uma busca verdadeira do efetivo significado de Talmid nas Escrituras Sagradas.
"Talmid" (em hebraico תלמיד, da raiz lamed-mem-dalet, a mesma de Talmud e do verbo lamad למד, ''aprender'', ''estudar'') significa aluno.
Dentro da tradição judáica, o direito de ser um Talmid era reservado aos melhores alunos. Aqueles que fossem os mais dedicados e comprometidos com o estudo eram chamados a serem talmidim (plural de talmid).
Escolhemos Talmid pelo desejo nosso e do coração de Deus de encontrarmos e sermos pessoas completamente dedicadas à vontade do Senhor. Todavia, optamos por usar o singular porque entendemos que o desejo de Deus, Senhor, é obter uma relação pessoal, íntima e individual.
Assim, ainda que estejamos em meio à multidão, não cremos que Deus queira estar com a multidão, mas queira estar com cada um dos integrantes da multidão.
É por isso que usamos o singular, porque desejamos a voluntária relação pessoal de cada um de nossos alunos/ouvintes, com Deus. Que a sua comunhão seja única e pessoal com Deus, o que fará com que você seja inserido em seu pequeno grupo com o intuito de vivenciar, demonstrar e expor este amor.
O que é Talmid?
A mera tradução da palavra TALMIDIM (talmid, s.) não é suficiente para esclarecer sua relevância nos dias de hoje, precisamos conhecer sua história e seu contexto mais remoto para sabermos exatamente o que ela significa.
Na Galiléia do tempo de Jesus, o ensino não era dissociado da religião, como hoje. O estudo era reservado a todos os meninos no que, hoje, chamaríamos de ensino fundamental, os meninos estudavam os primeiros cinco livros da Bíblia, o Pentateuco ou a Torah (תּוֹרָה), também chamada de Torah Moshê (תּוֹרַת־מֹשֶׁה, Lei de Moisés) dos 6 aos 10 anos de idade, quando já a tinham decorada.
O estudo era ministrado por cléricos que acumulavam as funções de professor e sacerdote. Essa fase recebia o nome de Beit Sefer.
Esta era uma formação geral, que todos os meninos recebiam. A maioria, após esta fase, retornava para casa e se dedicava no ofício da família.
Alguns alunos, os que mais se destacavam, seguiam ao estágio mais avançado do estudo, a Beit Talmud.
Nesta fase, o aluno era dirigido por um tutor, um rabino. Cada um deles possuía o seu posicionamento, sua forma de leitura e interpretação. Ademais, o estudo era ampliado e abarcava dos textos históricos, proféticos e de sabedoria.
Esse estudo seguia até os 14 ou 15 anos, quando havia uma nova seleção.
Após esta fase, cada rabino selecionava seu Talmidim. O conjunto de meninos que iam caminhar pessoalmente e centrar-se nos estudos específicos daquele rabino. Sentavam-se, costumeiramente, aos pés do rabino.
A disciplina de leitura e comportamento era uma demonstração do compromisso que aquele aluno tinha com seu rabino professor. Por isso, os rabinos costumavam impor seríssimas regras de comportamento e a exigência com esses alunos era muito grande. A seleção se dava mediante tal observação dessas regras.
Ao conjunto de regras de cada rabino era dado o nome de "jugo" e quanto mais difíceis fossem as regras, mais conceituado seria o estudante que cumprisse sua caminhada com aquele rabino.
A relação era tão próxima, que o termo talmid foi traduzido para o português como discípulo, uma tradução bastante adequada.
É nesta esfera que Jesus diz: "Vinde a mim, todos os que andais em sofrimento e vos achais sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e o meu fardo é leve" Mateus 11:28-30.
Dessa forma, Jesus demonstra que tem uma interpretação própria das Escrituras, um modo de viver próprio e uma exigência particular de seus discípulos, de seu Talmidim.
Para isso, trabalhamos a fim de possibilitar a cada indivíduo o conhecer e o viver a mensagem de Deus, firmada nas Escrituras e ratificada por Cristo.
Yad, nosso símbolo
Usamos como símbolo de nosso ministério a Yad.
A Yad é uma pequena representação de uma mão feita dos mais distintos materiais (ouro, prata, marfim, aço, ferro, acrílico).
É usada para efetuar a leitura das escrituras de modo a que o leitor consiga acompanhar a leitura oral sem precisar tocar no texto.
A sua utilização se dá por duas razões.
A primeira razão é a econômica. Os textos sagrados possuíam um valor agregado muito grande, isso porque não eram facilmente reproduzidos. Para obter uma cópia da Torah era necessário fazer, manualmente, a cópia de cada um dos textos. Ademais, não havia forma de correção das folhas copiadas, sendo necessário recomeçar cada folha do início.
As tintas usadas eram tintas naturais e com o passar do dedo, a oleosidade natural da mão pode sujar, borrar ou danificar as escrituras.
Ademais, o hebraico usa, em certas formas de escrita, pontos como vogais, o que fazia com que qualquer ponto errôneo apresentado, mudasse o texto original. Assim, não há desgaste do texto ou um apagar pelo toque da mão.
Em alusão a isso, usamos a Yad no sentido de demonstrar que os textos sagrados são preciosos e carregam lições valorosas.
O segundo sentido é o de reverência, o texto transcrito nas Escrituras não possui valor em si, mas a sua mensagem é tão séria e sagrada que expressa a própria Santidade de Deus.
Como reconhecimento de nossa natureza pecaminosa e de que não somos dignos de nos aproximarmos de Deus, exceto quando sua misericórdia se manifesta em nossa vida, deixamos, simbolicamente, de tocar o texto sagrado, por isso, o tocamos com a Yad.
Como afirmamos acima, as cópias das Escrituras eram feitas manualmente, nesta época, havia copistas (cléricos encarregados de copiar o texto) que, a cada momento em que o nome do Senhor seria escrito, parava-se a cópia, o copista retirava-se, lavava as mãos, recolhia uma segunda caneta (pena), reservada exclusivamente para isso, prostrava-se e então escrevia o nome do Senhor.
Neste contexto, usamos a Yad como uma demonstração de que mantemos nossa necessidade de, diariamente, buscar as misericórdias do Senhor e que não somos dignos de conhecer os textos sagrados e de estudá-los, mas que isso nos foi possível como uma clara manifestação do amor de Deus e